Família é devota do fundador dos  Salvatorianos e fala em milagre

Fernando Ferreira da Silva, Gisele Cardoso dos Santos Silva e a filha Lívia Maria assistiram no Vaticano, na Itália, neste 15 de maio, a beatificação do padre Jordan. O cardeal vigário do Papa para a Diocese de Roma Angelo De Donatis presidiu o rito que elevou aos altares Francisco Maria da Cruz Jordan, fundador da Sociedade do Divino Salvador e da Congregação das Irmãs do Divino Salvador.

“A intuição carismática do Beato Francisco guiou muitas mulheres e homens de diferentes nações e línguas para o seguimento do Evangelho e graças à obra da família Salvatoriana contribuiu para a difusão da mensagem de salvação em mais de 50 países”, disse De Donatis, durante a Missa na Basílica romana de São João de Latrão.

O cardeal De Donatis, recordando o testemunho do novo beato, listou três fios. “O primeiro é meditar a Escritura”: somente “frequentando” a Escritura, lendo e meditando sobre ela, “se adquire a sabedoria espiritual para a proclamação”. O segundo fio é a síntese da obra missionária do beato Francisco da Cruz: “Anunciar a todos, para salvar todos”. O terceiro, disse o cardeal, é a comunhão apostólica, “a unidade que somos chamados a testemunhar em vida”.

O cardeal deteve-se em seguida sobre os dois verbos que se repetem muitas vezes nos textos do beato Francisco: anunciar e salvar. “Palavras que também devem ressoar no tempo em que vivemos. Um tempo que precisa de uma proclamação de amor, de uma perspectiva de salvação, de um olhar para o céu, para a eternidade, para superar o vazio, o tédio, a apatia, a indiferença, a superficialidade”.

Francisco Maria da Cruz Jordan transcorreu sua vida com uma missão: levar e tornar conhecida a palavra de Jesus. Nascido em 16 de junho de 1848, ele entrou no seminário aos 29 anos de idade e foi ordenado sacerdote em 1878. Enquanto estava na Terra Santa, foi inspirado a fundar uma obra totalmente dedicada a difundir a fé. Assim, em 8 de dezembro de 1881, fundou a Sociedade do Divino Salvador (Salvatorianos) em Roma. Sete anos depois, fundou a Congregação das Irmãs do Divino Salvador (Salvatorianas) em Tivoli, próximo de Roma. Morreu em 8 de setembro de 1918 em Tafers, Suíça.

Seu processo de beatificação teve início em Roma em 1942. Padre Francisco Jordan foi declarado Venerável em 14 de janeiro de 2011 pelo Papa emérito Bento XVI e o decreto do milagre atribuído à sua intercessão foi aprovado em 19 de junho de 2020 pelo Papa Francisco.

O milagre reconhecido pela Igreja aconteceu no Brasil, em 2014. Um jovem casal, Fernando Ferreira da Silva e Gisele Cardoso Santos Silva, de Várzea Paulista, esperava seu primeiro bebê e, após várias investigações, foi informado por médicos e especialistas que o feto sofria de uma doença óssea incurável (displasia esquelética). Sendo membros de um grupo de leigos salvatorianos, os pais começaram a rezar e a pedir a intercessão do Venerável Padre Jordan, convidando outros membros da Família Salvatoriana para se juntarem a eles. A menina Lívia Maria Cardoso Silva nasceu com plena saúde em 8 de setembro de 2014, dia do aniversário de morte de Padre Francisco Jordan.

Após os procedimentos canônicos exigidos serem concluídos com sucesso, o Santo Padre declarou que a cura milagrosa foi operada por Deus por intercessão do Venerável fundador da Família Salvatoriana.

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