Por José Arnaldo de Oliveira

Os últimos números globais até 21 de março, na página da Organização Mundial da Saúde, mostram que há países onde ninguém morreu por conta da Covid-19.

Estamos vendo mais a situação de países como Itália, com 4 mil mortos em 47 mil casos, ou China, com 3.260 mortos em 41,5 mil casos em queda agora, ou ainda Estados Unidos, com 1.400 mortos em quase 20 mil casos.

Mas olhemos para a República Tcheca, com nenhuma morte em mais de 830 casos. Finlândia, Catar, Islândia ou Chile, nenhuma em mais de 400 casos cada.

É possível. O Nepal está há mais de 15 dias sem casos novos. A Coréia do Sul teve quase 9 mil casos, mas estancou as mortes a pouco mais de 200. A Alemanha e o Irã tiveram em torno de 19.500 casos cada, mas morreram apenas 68 alemães contra quase 1,5 mil iranianos.

Não é o desespero que salva. Nem a prepotência. Mas a cooperação, incluindo medidas de apoio aos trabalhadores formais e informais – e pequenas empresas – para enfrentarem o isolamento.

Vamos aplaudir os profissionais de saúde pública e ignorar os mitos a respeito da doença. E reaprendermos a cuidar do mundo. Sejamos solidários, como em Jundiaí cada vez mais gente está sendo.

Mas atenção: a decretação de emergência ou calamidade por governos pode ser necessária, mas libera compras sem licitação. Olho vivo. Defenda o SUS e cobre políticas públicas de qualidade de seus representantes.

Para seguir ligado as coisas do coronavírus pelo mundo, clique aqui. Lembrando que, no Brasil, a página do Ministério da Saúde dedicada ao tema não informa os números em tempo real. Os testes no país, por falta de material, são limitados a pessoas com sintomas. E a partir do dia 24 é quarentena obrigatória no Estado de São Paulo, por quinze dias.