15 já foram descartados para o coronavírus e 86 esperam por resultado; muita gente segue nas ruas como se nada acontecesse

Edu Cerioni

Na sexta (20) em que decretou Estado de Emergência não respeitado por todos – até igrejas estavam abertas – e que teve que dar explicações sobre a contaminação de uma família de dois médicos, o prefeito Luiz Fernando Machado reclamou da demora na liberação de resultados dos exames pelo Instituto Adolfo Lutz e avisou que logo nem isso mais terá para trabalhar. Neste dia, de começo do outono, o que aumenta a preocupação, Jundiaí recebeu outras 17 novas notificações de casos suspeitos para o novo coronavírus.

Segundo nota da Vigilância Epidemiológica, no total, agora, a cidade conta com 103 notificações, sendo 15 descartados, 86 suspeitos no aguardo de resultados, além de 2 positivos, os médicos Roberto e Ingrid Rocha, que dizem que a filha também tem o coronavírus embora sem que tenha sido testada.

Em um áudio que circula pelo WhatsApp, Luiz responde a um amigo sobre o caso dos médicos, confirma ser verdadeiro, e fala que há uma insuficiência no número de exames do Brasil como um todo e já avisa que “em breve chegará o instante que não haverá como se fazer teste, porque não haverá testes para isso”.

E vai além: “A gente demora muito para ter resultados, não é laboratório local. É ação da Organização Mundial da Saúde, que manda para o Ministério da Saúde, que manda para a Secretária de Estado da Saúde e que se consolida na Secretaria Municipal de Saúde”.

Em outro trecho, o prefeito fala em “momento de exceção absoluta” e pede que as pessoas fiquem recolhidas em isolamento social, porque “o grande problema é que nos próximos 30 dias é que vamos enfrentar um enorme avanço dos casos, um avanço da problemática”.