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Jundiaqui

 Moringa agora é também casa de móveis antigos ou feitos com madeira de reuso
27 de novembro de 2020

Moringa agora é também casa de móveis antigos ou feitos com madeira de reuso

Existem ainda centenas de peças para decoração em exposição neste depósito da sustentabilidade

A avenida 14 de Dezembro ganha um up neste final de ano. Foi inaugurado quinta-feira (26) o novo-velho Depósito Moringa. Velho porque segue mexendo com sucata de ferro, de longa tradição, e novo por passar a revelar a mais impressionante mostra em Jundiaí de móveis antigos resgatados e revitalizados ou modelos mais contemporâneos feitos em cima de madeiras reaproveitadas de fazendas do século passado e que vêm sendo demolidas. Oferece ainda objetos de decoração em diferentes materiais.

Quem toca o depósito são os irmãos César e Simone, herdeiros de Luizinho Palladino, que teve seu ferro-velho, seguindo os passos do pai, o popular Moringa. São três gerações no chamado Moringaço, aberto em 1978, e que agora é o Depósito Moringa.

Sobre Luizinho, falecido há três anos e que fez história também no Rally dos Sertões, Valdir Fregni, o Vardilão, recorda: “Uma vez ele comprou todos os instrumentos de uma escola de samba, foi uma correria dos músicos para cá. Mas inesquecível mesmo foram as festas do fim de ano, quando ele assava na brasa aqui 50, 60 quilos de sardinha, reunindo os amigos. Quanta animação!”.

O aqui que ele diz é um galpão alto e grande onde rolou uma gostosa recepção organizada pela irmãs Márcia Duarte Paes Bertolli e Cláudia com docinhos e espumante na quinta. Com direito a brindes e vendas também.

MADEIRAS

Agora o Moringa conta na entrada com um container expositor com interior recheado por cadeiras, bancos, mesas e mesinhas, armários, quadros, vasos e muitas outras peças para pequenas varandas ou grandes salões. A exposição segue pelo lado esquerdo de todo o galpão, incluindo um mesanino. E lá estão outros armários, aparadores, bancos etc. O incrível, exceção aos jogos de cadeira para mesa, nenhuma peça igual a outra. Portanto, além de garantir o menor impacto ambiental possível, se tem o toque de exclusividade.

Os fornecedores do Moringa são da família de Simone, que cuida da parte da madeira no depósito. César segue o trabalho do pai, com o ferro, em compras de sucata industrial, que ocupam o lado direito da propriedade. Ela conta que um tio roda atrás de móveis antigos e madeira de demolição que um dia serviram como pilastra, suporte de telhado, batente e outros. “Ele é médico e faz o trabalho como um prazer que se vê no resultado final das aquisições”. É uma prima quem dá o “visual novo” das peças: orientando o tipo de restauração, o tratamento da madeira e ainda desenhando novos móveis. Há dois outros galpões em Minas Gerais, cada um deles do tamanho do próprio Moringa, repletos de madeira.

Entre peças de diferentes décadas, algumas centenárias, Simone lembra que antes de decidir pela transformação, os irmãos pensaram em fechar o espaço e vender o terreno. Um antigo dono de ferro-velho foi quem os convenceu no final do ano passado a manter vivo o sonho de pai e avô. “Fui para a Austrália, onde morava, com isso na cabeça, e voltei há uns oito meses. Foi quando eu e o César, que por trinta anos ajudou papai, encaramos esse desafio”, diz. A irmã Gabriella foi prestigiar a (re)inauguração.

Com preços a partir de R$ 15,00 para peças como souplat, jogos americanos, trilhos de mesa, redes e cobertas, em crochê ou rami, o Moringa se mostra uma nova opção para quem quer presentear na Black Friday ou no Natal. Em madeira os preços começam em R$ 190,00 para suportes tipo quadro de plantas.

Simone conta que também aceita encomendas moveleiras desde que a pessoa apresente o desenho desejado. Dá para criar com peróba rosa, aroeira, pinho de riga, jacarandá, bálsamo, mógno e alguns outros tipos de madeiras.

Em ferro, são menos opções, mas se vê divisórias ou suportes de plantas. César já recebeu na própria quinta uma encomenda de uma espécie de porta-fogueira ou, como brincou, lareira móvel e a ceú aberto. Será feita a partir de disco de arado com pés de cano.

Quem adorou o lugar foi Val Junior, artista plástico e criador do bloco de Carnaval Chupa que é de Uva. “A proposta reconecta a gente com a natureza”. Val planeja expor ali seu quadros. Hoje os que estão à venda são em sua maioria do mineiro JB Lazzarini, mas há outros também da jundiaiense Christiane Grigoletto. “Adorei, são peças únicas de mobiliário que preservam o meio ambiente”, resumiu Eduardo Carlos Pereira, arquiteto premiado da cidade.

“Temos que nos reinventar e essa foi a forma para trazer novos ares ao negócio que foi do meu avô”, cita César. “Sempre tivemos esta proximidade com a reciclagem, agora ampliamos o horizonte de possibilidades, além do reuso na construção, para a mobília e a decoração”. Simone recorda que morou 4 anos na Nova Zelândia e 8 na Austrália, dois países que valorizam muito o reaproveitamento do que tem qualidade e história.

AVENIDA RENOVADA

Se o Moringa está de cara nova, logo terá outra vizinhança na mesma calçada também: o Russi Supermercados dá lugar a uma loja premium do Ricoy, que vai funcionar 24 horas a partir de meados de dezembro. A reforma é acelerada. A avenida neste começo de Jardim Cica, por sinal, também tem novas lojas de carros, um McDonald’s retrô e novidades bem legais. O depósito fica no número 786. Abre de segunda-feira a sexta das 8 às 18 horas e nos sábados até 13 horas. Aceita cartões e divide em até três vezes. Vale lembrar que boa parte dos mais de 180 modelos de móveis estão expostos também em uma loja virtual – clique aqui e visite.

E MAIS

O depósito tem ainda algumas máquinas de costura dos anos 60 para venda, lustres e outros do gênero, como um suporte de carimbos, trata-se do começo de uma feirinha de antiguidades que promete crescer em breve com a chegada de peças em comodato.

Veja fotos da inauguração, by Edu Cerioni:

 

DEPÓSITO MORINGA
Endereço: Av. 14 de Dezembro, 786, Jundiaí
Fone: 11 4587.7100
Whats: 11 93076-3273
Insta: @depositomoringa
Site: depositomoringa.com.br

Fotos: Edu Cerioni

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