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Jundiaqui

 Mulheres
8 de março de 2022

Mulheres

Somos muitas, corajosas, bravura infinita, mas tem hora que dá uma vontade de colo, ahhh, e como dá, diz Cláudia Bergamasco

Cláudia Bergamasco

Somos uma, somos duas, somos cem, somos mil ao mesmo tempo, aqui, agora, já. Lá, onde quer que seja, em que tempo for, a hora que for. Somos mulheres. Somos fortes, corajosas, desempenhamos um milhão de papéis. Mas, nada dessa história de super-mulher. Essa, só nos quadrinhos, no cinema. Porque apesar de tudo e de todos que precisam/dependem de nós, também temos nossos momentos. Tristeza, um quê de baixo astral, uma vontade louca de gritar a plenos pulmões, chutar o balde, jogar tudo para o alto, dar um tempo. Tudo eu, tudo eu! Affff, não tem como. Mulher é mulher e mulher faz tudo. Novidade nessas questões? Nenhuma.

Todos já falaram de nós. Escritores, poetas, jornalistas, cineastas, artistas plásticos. Fomos e somos musa, bruxa, psicólogas, médicas, amantes. No geral, damos muito mais do que recebemos. Fomos e ainda hoje somos subjugadas. Lágrimas escorrem, o coração parte, sangra, desmilingua. Mas, não esmorece. Enxugamos as lágrimas, botamos bandeid e esparadrapo no coração e, se preciso for, a gente amarra bem amarrado para continuar batendo, continuar inteiro. Para continuar atendendo a todos que nos buscam. Sempre.

Como já disse, muito já se falou sobre nós, mulheres. Muito ainda há de se falar. Que não seja para jogar pedras, exceto para aquelas que merecem, porque cometeram grandes delitos, erros imperdoáveis. Conhecemos muitos casos assim. Mas, graças a Deus, as histórias boas e fortes sobre mulheres predominam. Não vão para a mídia, muitas vezes não são nem conhecidas ou reconhecidas. No entanto, no fundo todos sabem que não viveriam sem nós, mulheres.

E nós, mulheres, viveríamos sem eles? Esses chorões chatos, rabugentos, frágeis e inseguros homens. Não, não e não. Somos imprescindíveis na vida deles. Opa, também somos imprescindíveis para outras mulheres. Claro!

Neste dia, eu, particularmente, gostaria de ouvir que sou A Mulher, a mais importante da sua vida. Aquela sem a qual você não vive. Uma flor e um beijo sincero.

Delícia isso, não?

Mulheres. Somos todas, somos mil em uma só alma. Cuidamos. Está no nosso DNA. Não iludimos. Não nos iludamos.

Cláudia Bergamasco é escritora e jornalista

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