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 Sobam comemora Dia da Prematuridade com seus super-heróis
14 de novembro de 2018

Sobam comemora Dia da Prematuridade com seus super-heróis

Médicos se unem em comemoração com pais e bebês que nasceram prematuros e estão vencendo a luta pela vida

Edu Cerioni

Emoção e alegria marcaram o Dia da Prematuridade, nesta terça-feira (13), na Sobam.

Pelo segundo ano seguido, a equipe comandada pelo doutor Elzo Garcia Junior reuniu pais, mães e filhos para comemorar a vitória da vida. E os meninos e meninas, de tão fortes que são, mereceram um tratamento de super-heróis, com capas de Batman, Super-Homem e Mulher Maravinha, sendo apresentados sob aplausos de todos.Foi uma festa acima de tudo solidária, de troca, com os pais mais experientes ajudando os outros que ainda estão no meio da batalha pela sobrevivência de seu bebê. Muitos deram depoimentos dos momentos de dor, de medo, as muitas incertezas e, em comum, passando uma lição, a de que é preciso acreditar.

“Nunca deixei de ter fé e sempre confiei no poder da Medicina. Foi essa união que resultou no milagre que é ter minha filha hoje”. Quem conta essa história é Leandro Caum, 39 anos, falando sobre Ana Maria, a Aninha. A menina é uma das mais prematuras da história da Sobam, tendo nascido quando a mãe Carla estava apenas com 25 semanas de gravidez. O menino gêmeo de Aninha não resistiu, mas ela que veio ao mundo com 670 gramas pesa hoje 7 quilos.

Aninha não foi na festa porque ainda há restrições médicas para evitar aglomerações, mas sua foto foi exibida no celular de Leandro como um tesouro.O pai se emocionou ao recordar aquele 4 de outubro de 2017: “Já tinha ouvido muitos dizendo que ela não sobreviveria, até que apareceu o doutor Elzo e assegurou que ela tinha condições de viver. Acreditamos e lutamos juntos”.

Leandro conta que foram seis meses de internação da filha, primeiro na UTI Neonatal e depois na UTI Pediátrica do Hospital Pitangueiras, quando ele e Carla faziam revezamento diário de 12 horas cada. O primeiro filho do casal, Pedro Henrique, hoje com 4 anos, sofreu pela ausência dos pais, mas Leandro diz que hoje tem verdadeira adoração pela caçulinha, que ainda precisa do aparelho de oxigênio para dormir e em alguns poucos momentos do dia. “Cada minuto, cada hora, cada dia é uma vitória”, define Leandro.

Já Fernanda Martins, mãe de Théo, que nasceu com 33 semanas de gestação e 1,5 kg, conta que faz tratamento pós-traumático. São quatro meses desde o nascimento do filho que ficou 21 dias na UTI e um total de 50 dias de internação. “Ele era bravo, também imagine ficar 21 dias sem comer. Agora, está crescendo bem”, diz. A avó Rosires garante que Théo é um lindo presente.

Doutor Elzo, coordenador da UTI Neonatal, explica que no mundo são 15 milhões que nascem prematuros ao ano, sendo 340 mil no Brasil – dá algo como 40 por hora. E mostra números animadores da Sobam: “Tem o avanço da Medicina, tanto tecnológico como de conhecimento das doenças, e tem o acompanhamento para identificar problemas com rapidez e agir imediatamente. Assim, temos o que comemorar, porque se no mundo a sobrevida é de 40%, a nossa é de 67%”.

Sobre o Dia da Prematuridade, destacou a importância como alerta para mães e pais da necessidade de se fazer o pré-natal, e assegurou: “É uma felicidade ver eles aqui, estão crescendo e é grande o número dos que não têm sequelas”.

É prematuro quem nasce antes de a gestação completar 37 semanas, sendo os extremos aqueles que nascem antes de 30 semanas – um bebê maduro vem a partir de 39 semanas e até 40 semanas e 6 dias. O menor bebê que nasceu na Sobam até hoje e sobreviveu foi com 22 semanas e pesando 470 gramas.

Vários fatores contribuem para o bebê nascer prematuro, sendo que de cada dez casos seis não têm causa definida, o que impede que se atue no pré-natal.

Além do doutor Elzo, participaram da reunião desta terça também os médicos Mauro Brescancini, Maurício Duarte e Rui Otanari, assim como enfermeiros, psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e assistentes sociais que formam a equipe de Pediatria da Sobam.

A psicóloga Ivy Tavares lembrou que um prematuro requer cuidados especiais até completar dois anos de vida e que, a exemplo deles, também seus pais e familiares. “É preciso criar vínculos, por isso a gente tem diferentes programas para a família e este tipo de atividade do Dia da Prematuridade também é importante para que os pais se conheçam, que criem uma rede de apoio”.

Os programas são o Dia da Avó, toda tarde de sexta-feira, para que familiares tenham a chance de carregar o bebê, tem do mesmo modo o Dia da Visita, para irmãos. O tratamento humanizado oferece acesso aos pais 24 horas na UTI Neonatal, incentivando as mães para que façam o aleitamento, e outra ação é a Mãe Canguru, para que o bebê fique em contato pele a pele o máximo de tempo possível, ganhando peso e reduzindo os risco de infecção. Na UTI tem três momentos de silêncio ainda e também com menos luzes.

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Confira mais fotos do Dia da Prematuridade:

 

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