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Jundiaqui

 Jundiaí se despede da poetisa Sônia Cintra
17 de fevereiro de 2018

Jundiaí se despede da poetisa Sônia Cintra

Ela dedicou mais de 35 anos à educação e deixa sua marca na nossa literatura

“Quando um poeta abre as asas, o mundo se cala e voa com ele”

Edu Cerioni

Morreu Sônia Cintra. Vai a professora e poetisa, mas seus ensinamentos e poemas ficarão para sempre marcados na memória de Jundiaí. O velório acontece neste sábado (17) no Cemitério Parque dos Ipês, onde será enterrada às 17 horas.

Sônia Maria de Araújo Cintra nasceu em Amparo, em 3 de junho de 1949 e tornou-se cidadã jundiaiense apenas no ano passado, quando recebeu o merecido título das mãos do amigo e vereador Wagner Ligabó. Agora, merece ter o nome imortalizado em algo que remeta à educação que tanto defendeu.

Formada em Filosofia, Ciências e Letras pela Puccamp e pós-graduada em Literatura Portuguesa pela USP, Sônia escreveu livros e presidiu a Academia Jundiaiense de Letras, sendo membro da União Brasileira de Escritores e da Academia Feminina de Letras e Artes de Jundiaí.

Nestes seus 68 anos, espalhou conhecimento em forma de ensaios, artigos para jornais e revistas, nos livros e especialmente coloriu o mundo com sua poesia. A última que expôs foi no aniversário do JundiAqui, em outubro passado, no Varal Poético no Gabinete de Leitura Ruy Barbosa.

Essa ex-professora universitária e também de cursinhos pré-vestibulares, era dona de uma linguagem rica e um repertório único. Tinha muitos amigos no círculo das artes, frequentando as melhores festas ao lado do arquiteto Araken Martinho nestes últimos anos.

Sônia escreveu em 1991 o chamado “Manifesto” em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, tão marcante que foi traduzido para vários idiomas, do italiano ao chinês.

Entre seus livros, destaque para “40 Graus”, “Zé Codorna”, “Outubro”, “Giramundo” e “Traversa Travessia”. Tem infinitos poemas, alguns gravados em CD pela voz marcante de Fábio Perez, o jundiaiense que comandou o “Jornal Nacional” e o “Fantástico” da TV Globo.

Um dos grandes prazeres foi ver em 2017 os alunos do primeiro, segundo e terceiro anos do Ensino Médio da Escola Paulo Mendes Silva criarem desenhos, aquarelas, telas e outros objetos de arte em cima de seus poemas publicados no livro “Versátil”.

Outro orgulho foi vencer o concurso 3º Prêmio Varal do Brasil de Literatura – 2015 com a poesia “Semáforo”, que faz parte de seu livro “Melopeia”.

 

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