Por toda parte se vê rastros de destruição, deixando esse lugar sagrado feio e mais triste

Edu Cerioni

Se uma foto vale por mil palavras, então aqui vão milhares de palavras para lamentar o que Jundiaí não quer ver no Cemitério Municipal Nossa Senhora do Desterro:

As imagens acima foram feitas neste dia 5 de novembro, após denúncia que o site recebeu de visitantes dos Finados que ficaram indignados com o que viram no nosso mais tradicional cemitério.

Com cerca de 10 mil sepulturas, o Desterro é um gigante no Centro de Jundiaí e com problemas enormes. Nesta primeira reportagem, vamos focar nos furtos de placas, estátuas, cruzes, vasos, enfim no sumiço dos objetos de algum metal que tenha valor para revenda.

Por todo lado do cemitério se vê peças faltando. Algumas estavam coladas ou cimentadas e foram arrancadas. Outras placas tinham sido parafusadas e as sepulturas exibem agora buracos no lugar em que se deveria ler nomes e datas sobre os falecidos. Por toda parte se nota a falta de peças arrancadas a força.

A Fumas é responsável pelo cemitério, que na teoria tem vigilância. Fica difícil acreditar ao se olhar o exemplo abaixo. A primeira imagem do túmulo da minha família exibe Santo Antônio com o Menino Jesus no colo, em cobre, algo de mais de 50 centímetros de altura. A imagem seguinte é do vazio que restou com os ladrões tendo levado a peça de mais de meio-século de existência.

Esse furto não é recente, mas a triste novidade foi que agora levaram também placas com nomes dos mortos.

É furto aliado a vandalismo que a cidade parece não conseguir conter!

O Desterro – veja sua história – fica entre as avenida Henrique Andrés e Antônio Segre e as ruas Rangel Pestana, Men de Sá e Bartolomeu Dias, divisa do Centro com a Vila Municipal.

Na próxima reportagem vamos mostrar a bagunça dos números de identificação dos túmulos.

Confira um vídeo mostrando todo esse descaso no Facebook do JundiAqui