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Jundiaqui

 Morre J. Hawilla, “cidadão jundiaiense”, e dono da TV TEM
25 de maio de 2018

Morre J. Hawilla, “cidadão jundiaiense”, e dono da TV TEM

Ele também foi o criador do jornal “Bom Dia”, que circulou na cidade entre 2005 e 2014

Morreu na manhã desta sexta-feira (25), aos 74 anos, o advogado, jornalista e empresário J. Hawilla, dono da TV TEM e fundador da extinta Rede Bom Dia de Jornais. Também foi repórter de campo nas coberturas do futebol da TV Globo ao lado de Fausto Silva durante anos. Ele recebeu da Câmara de Jundiaí o título honorífico de “Cidadão Jundiaiense” em 2008, indicação do então vereador Carlos Kubitza – não veio para a entrega, mandando representante. Era natural de São José do Rio Preto e deixa esposa, três filhos e seis netos.

J. Hawilla estava internado desde segunda-feira (21) no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, com problemas respiratórios. Tinha voltado ao Brasil há cinco meses, depois de passar cinco anos nos Estados Unidos, cumprindo pena de prisão domiciliar nos últimos meses.

O também dono da Traffic ganhou destaque mundial em 2013 ao ser o principal delator do caso Fifa Gate, que abalou as estruturas da entidade máxima do futebol por conta de corrupção. O caso ainda é investigado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, o FBI e a Receita Federal americana, com quem o brasileiro tinha fechado contrato de delação premiada e se comprometido a devolver US$ 151 milhões. Ele admitiu pagar propinas durante décadas por direitos a torneios diversos, como a Copa América de seleções.

Se orgulhava de contar que construiu seu império a partir de um carrinho de cachorro quente que tinha em Rio Preto, na época em que começou a carreira como repórter de campo em uma rádio daquela cidade nos anos 60. Depois, trabalhou na Rádio Bandeirantes e na TV Globo, onde cobriu a Fórmula 1 antes de dedicar-se exclusivamente ao futebol. Foi por conta de suas viagens que teve uma grande ideia: comprar a Traffic e adquirir os direitos das placas de publicidade – todas desbotadas e abandonadas – pelos estádios do Interior. Deu tão certo que em dado momento ganhava mais que a própria Globo nas transmissões de jogos.

Tornou-se parceiro da Globo ao ganhar os direitos de abrir suas afiliadas pelo Interior ao mesmo tempo em que sua empresa passou de exploradora da propaganda dentro dos campos de futebol a detentora dos direitos de exibição de importantes campeonatos no Brasil e na América do Sul.

Tinha o sonho de ser dono de jornal e fez uma rede, a Bom Dia, com presença em Rio Preto, Jundiaí, Sorocaba, Bauru, ABC e outras cidades. Também foi dono do centenário “Diário de São Paulo”, vendido logo depois. Outra investida: criou Desportivo Brasil, em Porto Feliz, time de futebol e centro de formação de jogadores.

Seu corpo será enterrado nesta sexta (25) em São Paulo.

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