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Jundiaqui

30 de agosto de 2017

Amor que se doa

Kelly Galbieri escreve sobre o milagre da vida promovido em sua família por um doador de órgão

Domingo comemoramos os 4 anos de vida da minha irmã Daniele. Embora sua certidão de nascimento insista em afirmar que ela nasceu em 12 de novembro de 1972, o dia 27 de agosto de 2011 tem para nossa família um significado muito mais valioso!

Quatro anos atrás minha irmã fez o tão esperado transplante de coração.

Depois de meses hospitalizada no Instituto do Coração INCOR, longe dos seus filhos, marido, família e amigos, aquele coração artificial que a mantinha viva já não tinha mais utilidade.

E Deus providenciou, no começo da noite do dia 26 de agosto que ela recebesse este presente Divino.

Nunca me esquecerei do que foi aquela noite: a alegria, a expectativa, o silêncio, o médio e a correria para São Paulo.

Seu caso era tão grave que “invadimos” a UTI para vê-la antes que fosse para o centro cirúrgico. Virou “festa” o olhar esperançoso de cada um de nós; exceto o dela, que já não tinha forças sequer para sorrir.

Só quem já viveu a experiência de ter alguém amado na fila do transplante de algum órgão sabe o que estou dizendo.

Ela precisava de um coração de alguém compatível consigo: com mais ou menos seu peso, com determinada faixa etária, com igual tipo sanguíneo… e isso não acontecia…. ahhhhhh que agonia!!! Até que aconteceu.

Quando ela foi para o centro cirúrgico, ainda corria o risco da rejeição do órgão. Mas nossa fé era tão grande que não me lembro de qualquer um de nós, em momento algum, ter acreditado nesta possibilidade.

Afinal, foram dez anos doente, tudo por conta de uma gripe mal curada.

Não seria possível que depois de tudo, não desse certo, não é?

E deu tudo muito certo. Ela voltou para nós de uma maneira plena. Ela é mais feliz agora, mais generosa (se é que isso é possível), mais amiga, mais mãe, mais irmã, mais esposa. Tem vivido seus dias sem preocupações com os dias seguintes, sem cansaços, sem dúvidas. Tem nos ensinado a viver.

E nós, familiares, digo especialmente por mim que a amo demais demais demais, agradeço a Deus todos os dias por nos ter dado a chance e a honra de conviver com ela de uma nova forma e por muito anos mais!

Que seja eterno enquanto dure!

Kelly Galbieri é advogada

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