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Jundiaqui

 Cada vez mais se vê em Jundiaí pessoas em situação de rua
9 de junho de 2020

Cada vez mais se vê em Jundiaí pessoas em situação de rua

Quem precisou sair de casa nos últimos dias, notou que cresceu muito o número de pedintes

Edu Cerioni

Um giro pela Ponte São João e Vila Arens mostra que é crescente o número de pessoas em situação de rua – dois bairros tradicionais que espelham bem toda a cidade. Uma triste cena em meio à pandemia do novo coronavírus, doença que essas pessoas desafiam, alguns inconscientemente e outros com a cara e coragem, afinal têm pouco ou nada a perder.

Em semáforos na marginal do rio Jundiaí, nas ruas ou avenidas Carlos Gomes, São João, Dr. Cavalcanti, José do Patrocínio e outras sempre tem alguém pedindo uma moeda ao motorista. Tem gente até de máscara e com cartaz na mão, imaginando que sem necessidade de conversa um trocado apareça mais facilmente, um grande engano.

Nas ruas do Centro eles estão por toda parte, em esquinas ou com as costas coladas na fachada da Catedral Nossa Senhora do Desterro, em comum todos à espera do milagre em forma de alguns reais. Vasculham lixeiras, juntam o que acham.

Um deles disse nesta terça (9) que “nem vírus me quer”. Ele viu na televisão que o “bicho tá feio, mas não tem outra saída”. Outro contou que a máscara ajuda as pessoas a se fecharem mais e mais agora e que nessa volta o jundiaiense ficou “muito mão-de-vaca”.

Tem quem vá dizer que eles preferem as ruas a abrigos, mas lembro um só exemplo para reflexão: é tão significativo o que fizeram com o S.O.S. ao mandá-lo literalmente para baixo do viaduto…

Esquecidos pelos governos, excluídos pelas janelas insufilmadas dos carros, esses famintos de comida e de esperança formam um exército cada vez maior de esfarrapados em uma cidade em que muitos cada vez mais se acham vivendo em uma ilha da fantasia. Até quando esperar?

Edu Cerioni é editor do JundiAqui

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