De volta às festas juninas
Por Kelly Galbieri
“Pula a fogueira, iaiá
Pula a fogueira, iôiô
Cuidado para não se queimar
Olha que a fogueira já queimou o meu amor”
Ah que saudades estávamos de ouvir estas canções juninas, de rever amigos que não encontrávamos há pelo menos dois anos, de comer pinhão, tomar vinho quente…
Parece que este ano teremos de volta, em vários bairros e instituições, a tão querida Festa Junina. Embora a Covid não tenha dado trégua, vejo que a vontade de estar novamente em contato com pessoas supera o medo do contágio. Certamente muitos cuidados ainda são necessários, mas lentamente nossa vida está voltando ao normal.
Até para que possamos restabelecer a saúde mental, não é? Ficar em casa, preso por tanto tempo, sem contato com amigos, familiares e vivendo uma tensão diária afetou, e muito, a vida como um todo.
Na semana passada estive com um grupo de amigas comemorando a vida. A alegria de estar naquele espaço, rindo, ouvindo música e dançando, confraternizando fez com que eu percebesse que a emoção transbordou por dias e dias. Cada lembrança era motivo de sorrisos escondidos ou de gargalhadas abertas. Telefonemas trocados nos dias seguintes para comentar o quanto é importante a vida com amigas.
E digo, sem medo de errar, nós mulheres temos uma cumplicidade tão grande que basta que estejamos juntas, nos apoiando, ouvindo, que nada mais nos falta. Acreditamos novamente no nosso potencial, na vida de uma maneira geral.
Então fico imaginando o encontro nestas festas juninas. Além da magia que este festejo desperta nas pessoas, contaremos ainda com “a volta”. Aquelas pessoas que soubemos que foram acometidas pela covid e estão novamente conosco, bem de saúde e também aquelas que se isolaram por precaução.
Sinto que temos que brindar a vida. Com quentão, vinho quente, pipoca, milho cozido, salsichão no palito e o que mais este mês nos reservar. Mas acompanhados de muita amizade, de gratidão e respeito!
Boa festa a todos, todas e todes!