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Jundiaqui

 Mistério no mar
28 de novembro de 2017

Mistério no mar

Dr. Didi escreve sobre o desparecimento do submarino argentino

Dr. Didi

“Caçada ao Outubro Vermelho”. Filme de 1990. Com Sean Connery, Alec Baldwin, Scoot Glen, Sam Neil e James Earl Jones. Direção de John Mc Tiernan; é mais um filme motivado nos romances de Tom Clancy, baseado na guerra fria.

Comandante de um submarino nuclear russo (Connery) tenta chegar aos Estados Unidos para asilar-se, sendo confundido com um ataque nuclear.

Mais um dos romances com história inverossímil de Clancy, mas o filme é bom e com muito suspense.

Por que me lembrei desse filme?

Tem a ver com o San Juan, submarino argentino desaparecido há dias nas águas da Patagônia.

A agrura de seus 44 tripulantes, todos seus familiares e toda nação argentina é desesperadora.

Tive a oportunidade de conhecer um submarino nos anos 90. Era o Tupy – S 30. Para quem tem claustrofobia, é impensável, sequer, adentrá-lo. Tudo muito apertado. Em superfície o calor é infernal. Imagine-se com uma tripulação em pânico a perder O²…

No filme, a angústia leva a tripulação a níveis intoleráveis de ansiedade e discórdia, apesar da mão firme do comandante.

O que esta acontecendo com o San Juan ainda é impreciso.

Não localizá-lo com os meios que hoje dispomos?  Mas há o caso do voo MH370 da Malaysia Airlines que ate hoje não foi elucidado.

A morte no mar acontece todos os dias. São os imigrantes da África Negra. As barcas no Brasil. Pescadores em velhas naus. Ou simplesmente a revolta do mar.

Como sempre há a questão política, tanto na Argentina pós-Malvinas, quando os militares caíram em desgraça e os recursos para modernização sumiram, quanto aqui, onde o submarino nuclear já deu cadeia para alguns de alta patente.

Mas o que nos preocupa é tão somente saber do desespero desses marinheiros-submarinistas. Provavelmente nunca mais retornarão para a sua base ou as suas famílias – como nas grandes batalhas a receberem condecorações.

Não é preciso guerra no continente para se morrer no mar.

“Não é doce morrer no mar”, como cantou Caymmi.

Até!

Diógenes Augusto Archanjo da Silva, o Dr. Didi, é médico ortopedista
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