O Muro
Dr. Didi fala dos diferentes muros que a política ergue e no qual alguns lamentam, outros ficam em cima…
Duas referencias a “O MURO”: um livro do filósofo francês Jean Paul Sartre de 1939 e um filme belga de Yilmar Guney de 1985, que não deve ter sido exibido por aqui.
Mas o muro em questão é o nosso muro político.
Há o muro de arrimo. É onde estão praticamente todos os que entram na política partidária. Serve de arrimo para todos os que deles dependem. Familiares, cabos eleitorais, “aspones” etc.
Há o muro das lamentações. É onde se encostam todos aqueles que veem ruir os outros muros.
Há o muro de contenção. É onde ficam todas as possibilidades de barrar as tentativas de prisão, perda de mandato e devolução das somas propinadas.
O campeão dos muros, no momento, é o PSDB, capitaneado por FHC, que achei só entendia de pinguela.
Não ficou em cima do muro quando mudou a Constituição e ganhou o segundo mandato. Ouvi um comentarista dizer que ele foi golpista. Caramba FHC!!!
O PMDB, sabemos todos, é um pulador de muros. Pula para o lado que estiver ganhando. O que lhe render mais cargos e diretorias.
De uma coisa não se pode acusar o PT. De ficar em cima do muro. Quando é para fazer lambanças, faz sem dó nem piedade, deixando todas as pegadas possíveis… Vai na totalidade sem discussões. Sem DR. Para que se veja que não estava em cima e sim no solo.
Acho que até o Moro esta em cima do muro, já que não resolve se condena e prende Luis Inácio.
Uma boa coisa vem acontecendo na imprensa, que agora se define, exceto os “chapas brancas”.
Minha homenagem a Jorge Bastos Moreno. Um jornalista. E a Helmut Kohl, que não ficou em cima do muro. Derrubou-o!
Até!
Nota da Redação: Na foto do alto, “The Wall” de Pink Floyd.
Diógenes Augusto Archanjo da Silva, o Dr. Didi, é médico ortopedista