Por Vânia Mazzoni

Há dez anos essa pergunta faria algum sentido. Hoje, entretanto, basta olhar para qualquer revista de negócios que rostos de grandes mulheres estampam matérias de sucesso.

As mulheres têm ocupado espaços que antes eram predominantemente masculinos. Veja a lista da revista “Forbes”, antes frequentada apenas por grandes empresários do sexo masculino e que agora traz mulheres brasileiras consideradas lideranças em negócios, ciências, artes, mídia, gestão pública e terceiro setor.

É maravilhoso acompanhar esses novos tempos.

Ao longo destes tantos anos trabalhando com Recursos Humanos, atendendo grandes empresas, fui notando as mudanças nas mesas de reunião, nas diretorias de empresas aqui da região.

As mulheres competentes sempre existiram, conheci muitas, mas creio que o próprio mercado de trabalho tem rompido barreiras numa resposta a todas as mudanças sociais.

Precisamos aprender a admirar mulheres na liderança. Usar essa força e esse espaço para formar outras mulheres para enfrentarem os desafios no mundo dos negócios.

Veja, por exemplo, Cláudia Woods (acima), a diretora geral da Uber no Brasil, de apenas 44 anos. Cristina Junqueira, a cofundadora do NuBank, o maior banco digital do mundo, com mais de 20 milhões de clientes, e que se diz uma mulher inconformada em busca de soluções.

Um detalhe importante e empoderador – Cristina está na capa da mesma “Forbes” com 40 semanas de gravidez. Isso parece um detalhe bobo, mas uma empresária sendo valorizada por suas conquistas nos negócios e não estampando revistas voltadas à dieta é um grande avanço social.

Estima-se que se os trabalhos voltados para a diminuição da desigualdade de gênero propostas no G20 se consolidarem, quase 190 milhões de mulheres entrarão no mercado de trabalho. Neste mercado igualitário, estima-se um montante de 5,8 trilhões de dólares injetados na economia mundial.

Vamos nos inspirar em mulheres – seja ela capa da “Forbes” ou uma empreendedora do seu bairro. Neste momento estamos construindo o futuro, estamos abrindo caminhos para mudanças extremamente necessárias.

Respondendo a pergunta título deste texto: lugar de mulher é onde ela quiser. Nós podemos!

Vânia Mazzoni é diretora do Ciesp Jundiaí, dona da Nova RH e da Nova Desenvolvimento