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 A mais improvável das rainhas do nosso Carnaval, a Rainha do Absinto
4 de fevereiro de 2021

A mais improvável das rainhas do nosso Carnaval, a Rainha do Absinto

Maria Helena Menten Gomes de Soutello embriagou os corações refoguenses em 2005

Edu Cerioni

Quando passaria pela cabeça de Maria Helena Menten Gomes de Soutello ser rainha de Carnaval? Nunca, jamais… mas ela foi em 2005. A rainha verde do Absinto! A musa do artista visionário e alucinado Erazê Martinho, o comandante do bloco Refogado do Sandi.

Bebida diferente das demais pela concentração de álcool, que chega a 75%, contra 40% do uísque (ainda leva a erva losna), e que por isso chegou a ser proibida em muitos países, o Absinto foi o cartão de visitas que Maria Helena apresentou para a turma do Refogado em 2004. Foi o suficiente para cair nas graças do povo.

Ela foi em um esquenta do bloco na casa de Rita Rodrigues e chegou “com sua cara de primeira comunhão e a garrafa debaixo do braço”, como disse Erazê ao declará-la rainha da folia do ano seguinte. Vale lembrar que naquele 2004 parte da turma não foi ao desfile, porque ficou dormindo tamanho foi o porre de Absinto.

Essa história está tão viva na memória refoguense que me foi contada basicamente igual por Rita, por Tutu Miranda Duarte, outra rainha do bloco, por Ademir Tafarelo, um dos fundadores, por Gisela Vieira, a comandante da folia desde a morte de Erazê, em 2006, e por fim pela própria Maria Helena, sem dizer o marido dela, Luiz Haroldo Gomes de Soutello, que assim a descreveu: “Ela foi coroada literalmente debaixo do viaduto, no espaço da Escola de Samba União da Vila Rio Branco. Foi muito engraçado ver a cara de espanto do povo que é do Carnaval, que já saiu da maternidade sambando, quando viu uma lourinha de olhos azuis, ‘com cara de anjo de procissão’ (predicação do Erazê), como rainha durona. Não era hostilidade, não era inveja, era perplexidade em estado puro, não temperada por outros sentimentos”.


Maria Helena contou que não sabia que o Absinto era tudo isso que só depois veio a descobrir. “Abri o barzinho de casa e peguei uma garrafa fechada que o Luiz tinha ganhado, só isso”. A rainha ficou mais de uma década sem ir às ruas com o bloco, voltando em 2019 (foto mais ao alto), desta vez toda de preto.

Naquele 2005, além da Rainha Verde, o Refogado teve as princesas Ana Maria de Souza, a Ana Preta, e Sueli Antonio de Oliveira. E ainda a Musa Gabriele Fávaro (foto abaixo de José Clóvis “Pardal” de Oliveira).

Leia também: A Rainha e eu

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