
Mazzaropi 110 anos
Jundiaí esteve no caminho deste grande cineasta e ator que incorporou o caipira como nenhum outro
Artista de circo, rádio, teatro, televisão e cinema, Amácio Mazzaropi nasceu há 110 anos (abril de 1912) e, mesmo tendo falecido há mais de 40 anos (1981), segue sendo o inigualável caipira brasileiro. Criou filmes que marcaram a vida nacional e ainda hoje têm exibições por diferentes canais de TV. Filmes esses que tiveram até Jundiaí como cenário, caso de “Casinha Pequenina”.
Mazzaropi é inigualável na capacidade de reproduzir o homem simples do campo, com seus amores, ódios e traições, portanto atemporal.
Nascido na capital paulista e criado em Taubaté, na escola já destacava pela declamação de poesias. Aos 14 anos, começou a trabalhar no circo, fazendo pequenas esquetes humorísticas. Nos anos 1930, criou uma própria companhia teatral, com a qual percorreu diversas cidades do interior paulista, inclusive Jundiaí em 1935.
Em 1946, ganhou um programa de rádio, o dominical “Rancho Alegre” da Rádio Tupi, que quatro anos depois seria apresentado também na TV Tupi.
Comediante versátil, foi no cinema que realmente se encontrou e se consagrou. “Sai da Frente”, de 1952, foi o começo de uma jornada recheada de sucessos de bilheteria. Ele encarnava a figura do caipira e levava multidões ao riso. Era a febre criada pelo Jeca Tatu de Mazzaropi, ainda hoje uma referência em ingenuidade e gaiatice ao mesmo tempo. “O Jeca e a Égua Milagrosa” foi a despedida do cinema em 1980.
Relembre os bons tempos de Mazzaropi em Jundiaí, com todos os títulos de seus filmes