Thaisa Bestetti se prepara para lançar nas próximas semanas um livro em que conta como foi sua jornada por terras italianas no começo deste ano e na qual ela refez os passos de seu avô ao final da Segunda Guerra Mundial.

A jundiaiense de 43 anos visitou diferentes cidades em que o tenente Arlindo Bestetti, enviado com a Força Expedicionária Brasileira (FEB), percorreu para conhecer seus antepassados. Os bisavós de Thaisa eram da Lombardia e chegaram ao Brasil em 1891.

As tropas brasileiras atuaram nas regiões montanhosas da Itália entre o fim de 1944 e o início de 1945. A FEB foi à Itália para integrar as tropas dos países aliados (Estados Unidos, Inglaterra, União Soviética e Resistência Francesa) contra as chamadas “potências do eixo”, formadas por Alemanha, Itália e Japão.

Com a derrocada de italianos e alemães, Arlindo ganhou dias de folga e procurou a família de seu pai, escrevendo um diário e enviando postais para cá das cidades em que passava. Foi esse material que inspirou Thaisa.

APONTAMENTOS

# Bestetti foi um dos cerca de 25 mil pracinhas brasileiros que formaram na Itália a única frente da América do Sul nos campos de batalha da Europa na Segunda Guerra.

# A grande vitória brasileira foi em Monte Castelo, chamado de “morro maldito”, em uma campanha que durou três meses.

# O inverno foi o mais rigoroso em quase 50 anos, com média de 20 graus negativos nos Apeninos italianos em 1944.

# Durante as batalhas foram 457 os militares da FEB que perderam a vida.

# Arlindo visitou ao final da Guerra as seguintes cidades: Pisa, Riola, Bolonha, Sassuolo, Reggio Emilia, Parma, Borgonovo Val Tidone, Alessandria, Rapallo e Gênova.

Fotos: Arquivo Pessoal