Foram aproximadamente 1o horas de cirurgia em 3 salas cirúrgicas. Família agradece orações

A jundiaiense Maria Eduarda Zilio, a Duda, chamada de Garota de Fibra, passou por cirurgia nesta segunda-feira (12). Foi uma longa espera para que pudesse fazer transplante de pulmão. O procedimento aconteceu na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (RS), especialista nesse tipo de intervenção.

Trata-se de um transplante de pulmão bilateral intervivos em que os doadores são a mãe, Margarete, e o irmão, Xandinho, um procedimento que começou por volta das 8 horas e terminou próximo das 18 horas, sob a responsabilidade da equipe do Dr Sadi Sochio, coordenador clínico da equipe de transplante de pulmão da Santa Casa.

O transplante de pulmão está entre as cirurgias consideradas mais complexas pela medicina. São feitos, em média, 30 transplantes de pulmão em Porto Alegre por ano.

Uma corrente de orações foi pedida pela família Zilio, com muitas manifestações pelas redes sociais o dia todo. Agora, é focar na recuperação de Duda.

Duda, de 15 anos, sofre de fibrose cística, doença de origem genética que compromete os órgãos – em especial os pulmões.

Ela entrou em 7 de janeiro de 2016 para a fila de 42 mil pessoas que, segundo dados do Ministério da Saúde, aguardavam à época por um transplante de órgão no Brasil.

No caso de Duda, os médicos apontaram duas particularidades que tornaram o transplante ainda mais delicado: tinha que receber pulmão pequeno, de alguém com até 1,40 m de altura, e ainda ser compatível com o sangue B+, afinal ela aparece entre os 6% de pessoas no mundo que têm esse tipo sanguíneo.

O diagnóstico da doença veio aos 3 anos, sendo que os problemas mais sérios começaram aos 12.

Duda e seus pais, Margarete e Alexandre, se mudaram de Jundiaí para Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre, ano passado, com a ajuda de muita gente que fez doações durante a campanha nas redes sociais de “Duda Zilio – Garota de fibra”, que ainda está no ar.

Duda engordou dez quilos depois que começou a reabilitação e até agora ficava conectada ao cilindro de oxigênio 24 horas por dia.