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Jundiaqui

 No Natura com Refogado e Corte da Alegria
8 de fevereiro de 2024

No Natura com Refogado e Corte da Alegria

Por Edu Cerioni – Esquenta de Carnaval do Refogado do Sandi no Natura é tradição que se renova a cada ano, cada vez mais animada e barulhenta.

O bar se encheu de alegria na noite desta quarta-feira (7), ao som de Tom Nando, Gustavo Gramolelo, Ignezinha do Pandeiro e Renato Vianna, também Príncipe do bloco em 2024. Eles formam a Banda Refogar.

A “deretora” Gisela Vieira era só alegria, como diria o Dori Natura, ao receber a corte do desfile histórico de 30 anos do Refogado e também a Corte da Alegria do Carnaval de Jundiaí, em seu primeiro compromisso desde a escolha no domingo (4) no encerramento da Festa da Uva – relembre.

Caíram no samba naquele que ficou um apertado bar a Rainha Tauana, o Rei Momo Tilé, a Rainha LGBTQIA+ Tati Ostentação, o Passista de Ouvo Levy e as princesas Joyce Caramelo e Marina. Junto com elas a Rainha do Refogado Pérola Dolce e eu, o Guardião da Folia. E mais: foram lá festejar Ana Regina Borges Silva que é a Primeira Rainha do Refogado, de 1995, e a Rainha de 2014 e agora porta-estandarte Sumara Mesquita.

DE LONGA DATA – Em fevereiro de 2019, eu fiz uma noite de autógrafos no Natura do livro “Infinita É Tua Beleza” (veja como foi), que traz a história do Refogado do Sandi. Contei no livro que Sônia Fávaro, a última que recebeu a faixa de rainha das mãos do criador do bloco, Erazê Martinho. Ela reinou em 2006 e teve o nome anunciado em uma festa ali no bar do Vianelo. Isso foi em finais de 2005.

O Natura também aparece quando conto a história do Zabumba, apelido de José Carlos Cavazani Santana, que morreu no dia de seu aniversário de 58 anos, em 22 de abril de 2016. A homenagem a Zabumba foi feita por Erazê em 2005, com o samba “Bate Coração, Zabumba” – “Estava eu à toa na vida/Com a alma entristecida/Só pensando em desistir/Saudade de tanta gente querida/Minha história dividida/Sem saber pra onde ir…/Mas de repente/’Não mais que repente’/Ouço uma voz lá do fundo clamar:/Bota nosso bloco na rua/Cada um fique na sua/Refogado não pode acabar”.

Conta a lenda que Zabumba salvou o Refogado. Erazê estava tristão no fim de 2004 e tinha machucado o tornozelo, como recorda Rita Rodrigues, que foi a guardiã do estandarte por décadas. Segundo ela, Erazê pensou em pôr um fim ao bloco, ideia demovida por Zabumba. O amigo foi vê-lo e disse: “Pô, se ninguém quiser ir, saímos nós dois Erazê”. Eles teriam se abraçado, chorado e em 2005 teve bloco com direito a reverência ao Zabumba. O Natura? Naquele mesmo dia, os dois saíram já ‘alegres’ de casa e foram buscar a Rita, que acabou trocando o curativo do pé do amigo. “Estava com uma faixa toda suja de terra”, diz Rita. Dali, o trio seguiu para o Natura para brindar vida longa ao bloco. “Lá, ele já tirou a faixa, algodão, tudo do pé e até dançou”.

Veja mais fotos deste 7 de fevereiro em que o Refogado se despediu do Guardião de 2011 Roberto Rodrigues, que faleceu em São Paulo (na foto acima que fiz no desfile de 2018, a homenagem póstuma do JundiAqui).

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