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Jundiaqui

 Jundiahy e o bem comum de cada mês
5 de março de 2020

Jundiahy e o bem comum de cada mês

Por José Arnaldo de Oliveira

O sucesso da Festa da Uva e do Vinho, em janeiro, ou do desfile do bloco Refogado do Sandi, em fevereiro, nos mostram que ainda vivenciamos muito o nosso patrimônio comum a várias gerações.

Agora, em março, é a vez da Serra do Japi nos lembrar disso. Tem palestra na sexta (6) às 11h no auditório do Paço. Tem a Exposição Serra do Japi, no Santa Clara, com 21 artistas no sábado (7) em pré-estreia a partir de 8h30 (R$ 180) e no domingo (8) com entrada franca, e quadros até de jaguatirica (no alto). E tem caminhada dos Defensores da Serra no domingo (8) saindo às 8h30 da Estrada da Malota, sob a rodovia dos Bandeirantes.

Se não bastassem esses exemplos (a uva Niagara Rosada é de 1933, o bloco Refogado é de 1994 e a proteção da Serra do Japi é de 1983, cinco anos depois da passeata ecológica de 1978), tem muito mais. Veja:

O centenário Gabinete de Leitura Ruy Barbosa, de 1908, recebe um projeto incrível de revalorização com apoio estadual neste ano – e promove a partir do dia 16 um ciclo de três encontros sobre Kafka no seu Clube de Leitura.

A Estação Jundiahy-Paulista (Estaçãozinha), de 1898, ganhou um vídeo em 360 graus para a campanha liderada pelo Instituto Envelhecer após um incêndio há um ano e meio.

Vale citar ainda os prédios e a torre do relógio da Cica em processo de tombamento, que voltou a funcionar na sirene diária pelo fundo de investimentos, ou a fachada lateral da Fábrica Japi, parcialmente recuperada no projeto premiado do escritório de Eduardo Pereira que tramita na Prefeitura.

A antiga creche da centenária Argos entra em reforma como núcleo de pesquisa da infância. O Teatro Polytheama, idem e também alvo de mobilizações no passado, está instalando ar-condicionado. O vizinho Museu da Energia, antiga sede da companhia local de força e luz , está em reforma da Fundação Energia e Saneamento e tem reabertura prevista para pesquisas em abril. E outros exemplos seguem.

É claro que o lado destrutivo também avança, como indicam as consultas sobre demolição ou mudanças de uso em espaços como os conselhos do patrimônio, do meio ambiente ou do plano diretor – ou em ações simplesmente ilegais.

Mas o início de 2020 reforçou as três marcas da cidade (“city brands”) que temos defendido há anos e que merecem atenção no ano eleitoral sobre as propostas inovadoras – o patrimônio natural, cultural e social de Serra do Japi, Terra da Uva e Jundiahy 400 anos.

José Arnaldo de Oliveira é jornalista e sociólogo

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